Campos do Jordão se prepara para ser o centro do municipalismo brasileiro e das decisões políticas do Estado com a 66ª edição do Congresso Estadual de Municípios, organizado pela Associação Paulista de Municípios (APM), que acontecerá de 11 a 15 de março. O evento, além de ser um fórum crucial para o debate e o desenvolvimento de políticas públicas, é uma oportunidade para dinamizar a economia local durante a baixa temporada, atraindo cerca de 6.000 participantes e promovendo uma ocupação significativa em hotéis, restaurantes e serviços. Uma parte dos congressistas, aproveitam para trazer as famílias e passar também o fim de semana na cidade, o que amplia, ainda mais, o número de visitantes.
A importância de eventos como este para o turismo de negócios é indiscutível. De acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT), o turismo de negócios, antes da pandemia, representava cerca de 22% do total demonstrando o potencial de eventos corporativos e governamentais para impulsionar a economia local. Em Campos do Jordão, a realização do Congresso Estadual de Municípios na baixa temporada representa uma injeção direta na economia, com estimativas locais apontando para um aumento considerável na demanda por hospedagem, alimentação e outros serviços turísticos.
O presidente da APM, Fred Guidoni, ressalta esta dupla função do congresso: como catalisador para o aperfeiçoamento da gestão municipal e como motor econômico para a cidade anfitriã. “A reativação do congresso em Campos do Jordão trouxe não apenas um estímulo econômico significativo, especialmente em momentos de menor fluxo turístico, mas também reafirmou o compromisso da APM com o fortalecimento do municipalismo como pilar da democracia,” disse.
Fred, quando prefeito de Campos de Jordão impulsionou a atração de diversos eventos com foco na atração de novos visitantes. Um deles foi o Tour de France, que a cidade sedia desde 2018. Naquele evento, além de movimentar a cidade nos 3 dias de prova, com mais de 3 mil ciclistas, há ainda os familiares e equipes de apoio que acompanham os atletas. No caso do Tour de France, a estimativa dos organizadores é de um impacto econômico de cerca de 20 milhões de reais. Sem contar os muitos ciclistas que voltam para a cidade para treinamento.
O impacto econômico do evento estende-se além da geração de emprego e renda. Segundo estudos do setor, eventos de grande porte podem aumentar a visibilidade do destino, atraindo novos investimentos e incentivando o desenvolvimento de infraestrutura turística e de negócios. Além disso, a promoção de debates sobre temas como sustentabilidade, inovação tecnológica no setor público, e fortalecimento da participação política das mulheres, entre outros, coloca o congresso como um fórum essencial para o desenvolvimento de políticas públicas alinhadas às demandas contemporâneas dos municípios brasileiros.
A programação do congresso, que inclui painéis sobre as mudanças nos pisos salariais, nova legislação de licitações e contratos, parcerias público-privadas, e o papel dos municípios no combate às mudanças climáticas, é um reflexo do compromisso da APM em abordar as questões mais prementes para o desenvolvimento municipal sustentável e a governança local.