O Relatório do Índice de Progresso Social (IPS) Brasil 2025, divulgado na semana passada, aponta que o estado de São Paulo tem 14 dos 20 municípios com a melhor qualidade de vida do Brasil. A metodologia avalia a qualidade de vida da população no Brasil de forma multidimensional, analisando se as pessoas têm o necessário para prosperar, indo além de métricas tradicionais e paradigmas econômicos, e permite comparar municípios, estados e regiões.
A cidade de Gavião Peixoto ficou em primeiro lugar no ranking nacional dos 5.570 municípios, com nota 73,26 em uma escala que vai de 0 a 100. O município tem uma população de 4.702 pessoas, com 89,9% vivendo na região urbana e 10,1% na zona rural, e fica a cerca de 300 km da capital.
No ranking geral, as cinco primeiras cidades com melhor colocação no ranking são do estado de São Paulo:
20 municípios com melhores pontuações no IPS Brasil 2025
- Gavião Peixoto (SP): 73,26 – região Central
- Gabriel Monteiro (SP): 71,29 – região de Araçatuba
- Jundiaí (SP): 70,70 – região de Campinas
- Águas de São Pedro (SP): 70,51 – região de Sorocaba
- Cândido Rodrigues (SP): 70,26 – região Central
- Presidente Lucena (RS): 70,07
- Luzerna (SC): 70,00
- Pompéia (SP): 69,99 – região de Marília
- Nova Lima (MG): 69,91
- Itupeva (SP): 69,90 – região de Campinas
- Curitiba (PR): 69,89
- Araraquara (SP): 69,64 – região Central
- Campo Grande (MS): 69,63
- Barra Bonita (SP): 69,60 – região de Bauru
- Ribeirão Preto (SP): 69,57 – região de Ribeirão Preto
- Jaguariúna (SP): 69,49 – região de Campinas
- Adamantina (SP): 69,19 – região de Presidente Prudente
- Votuporanga (SP): 69,14 – região de São José do Rio Preto
- Brasília (DF): 69,04
- Louveira (SP): 69,01 – região de Campinas
No ranking das capitais com as maiores pontuações, São Paulo ficou em 4º lugar, com nota 68,88, atrás de Curitiba (69,89), Campo Grande (69,63) e Brasília (69,04).
Entre as Unidades da Federação, o estado de São Paulo ficou em segundo lugar, com nota 66,45, atrás do Distrito Federal (69,04).
Como é feito o estudo
O IPS é composto por dados socioambientais e de resultado, não medindo a quantidade de infraestrutura ou recurso investido em um município, mas se ambos estão trazendo resultados para a população. A pesquisa usa dados públicos recentes.
O IPS Brasil define o progresso social como “capacidade de uma sociedade de atender às necessidades humanas básicas de seus cidadãos, estabelecer os pilares que permitem que cidadãos e comunidades melhorem e sustentem a qualidade de suas vidas e criem as condições para que todos os indivíduos alcancem seu pleno potencial.
Assim, o índice é feito com base em três dimensões: necessidades humanas básicas, fundamentos do bem-estar e oportunidades, que totalizam 57 indicadores para responder às três questões básicas: as necessidades essenciais estão sendo atendidas? As condições para o bem-estar estão garantidas? Existem oportunidades para todos alcançarem seu máximo potencial?
A escolha dos 57 indicadores usados no cálculo obedece a critérios como relevância social ou ambiental, foco em resultados, uso de dados públicos e confiáveis, atualizados e disponíveis. O índice que varia de zero (pior cenário) a 100 (melhor cenário) reflete a média simples dos desempenhos nas três dimensões do progresso social. As fontes utilizadas vão de bases consolidadas como DataSUS, CadÚnico e Anatel até iniciativas como o MapBiomas e o Instituto de Estudos para Políticas de Saúde.
*Com informações da Agência SP