A Revista Municípios de São Paulo comemora, nos 75 anos da Associação Paulista de Municípios, a sua edição de número 100

Da edição número 1, marcada pela entrevista com o Governador Geraldo Alckmin, até a centésima publicação, que volta ao Palácio dos Bandeirantes para entrevistar o Governador Tarcísio de Freitas, foram anos de mudanças e desafios, tanto na própria APM, no país, no mundo e também na própria revista.

O primeiro número, lançado em 2003, contou com um editorial de Celso Giglio, na época prefeito de Osasco e presidente da APM de 1998 a 2004. Giglio ressaltou a responsabilidade da APM em “apoiar os municípios com ações de aperfeiçoamento dos gestores públicos, repassando informações e acolhendo suas reivindicações”, e definiu um objetivo claro: “Esta revista, dada a relevância de suas informações, será sem dúvida um instrumento forte,  democrático e de credibilidade para a modernização da gestão pública municipal”.

Em 20 anos, muita coisa mudou. O projeto editorial foi se adequando às necessidades contemporâneas e hoje, além da versão impressa, enviada aos 645 municípios paulistas, parlamentares e lideranças, a revista é também distribuída em sua versão digital nas redes sociais da APM e chega aos celulares de todos os prefeitos e prefeitas do Estado.

Diversos jornalistas e editores, passaram pela revista, mantendo sempre seu objetivo primordial: oferecer informação de qualidade aos gestores públicos, com matérias aprofundadas e artigos especializados, abordando temas cruciais para as administrações municipais.

Um período particularmente produtivo ocorreu sob a editoria de Daniela Bertoldo, que atuou na APM de 2009 a 2012 como editora e repórter. “A primeira edição que coordenei teve um sabor especial, pois foi minha estreia em coberturas no Congresso de Municípios. A experiência de acompanhar os painéis e entrevistar autoridades, selecionando os temas mais relevantes, foi memorável”, relembra Daniela, que hoje atua na InPress Porter Novelli como gerente de produtos e de Thought Leadership. “Foi um período de intensa cobertura e fortalecimento das relações com as Prefeituras, aumentando sua participação nas reportagens e retomando a frequência de articulistas fixos “, completa.

Artigos técnicos-científicos

Os Artigos técnicos-científicos são ícones da revista, como os mais de 60 escritos por pesquisadores do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), mesclando ciência, conhecimento técnico e oferecendo soluções práticas para diversos problemas municipais.

Outro grande diferencial são os artigos jurídicos. Com mudanças na legislação, decisões divergentes entre tribunais, os prefeitos e prefeitas de todo o Estado, tem na revista uma equipe de peso que escreve em todas as edições sobre assuntos diferenciados. Hoje o time formado pelos advogados José Ricardo Biazzo, Isabela Giglio e Luciano Ferreira Peres, entre outros, seguem o caminho iniciado pelo Dr. Antônio Sergio Batista, levando aos municípios informações seguras e atualizando os procuradores municipais.

Dalva Christofoletti Paes da Silva, colunista há cerca de 10 anos, afirma: “A Revista Municípios de São Paulo é uma fonte segura de informações para gestores públicos, especialmente municipais”. A publicação também destaca a participação feminina na política, com uma coluna fixa criada há aproximadamente 7 anos por Marilene Mariotoni, conselheira da APM. “É uma alegria imensa conduzir esta coluna. Pesquiso sobre agentes políticas e lideranças  inspiradoras, que possam servir de exemplo”, diz Marilene.

Preservação da história

A APM está elaborando um projeto para digitalizar todas as 100 edições bem como seu arquivo fotográfico e documental. O objetivo é salvaguardar a história da mais antiga associação de  municípios do Brasil, criando um acervo digital para posterior doação a institutos de pesquisa e bibliotecas, onde o material será mantido e catalogado. Inclusive os arquivos físicos.

Segundo Fred Guidoni, presidente da APM, essa iniciativa vai além da simples guarda de documentos: “A preservação, catalogação e circulação de dados, inclusive físicos, é  absolutamente necessária hoje. Programas que utilizam Inteligência Artificial são alimentados pelo que está catalogado, organizado e acessível. Guardar documentos numa caixa hoje pode  resultar em lacunas na história, o que futuramente pode levar à destruição da verdade”.

Futuro

Olhando para o futuro, a revista planeja se modernizar, aumentando sua presença nas redes sociais e evoluindo para formatos como podcast e programas de entrevistas em vídeo. “Mas manteremos a edição em papel. Esta é uma discussão que permeia órgãos de comunicação em todo o mundo e, não raro, sempre aparece alguém dizendo que as publicações em papel irão acabar. Mas há resistência e a venda de livros em papel, por exemplo, cresceu no último ano”, afirma.

Uma reforma gráfica e editorial também está prevista para 2024, visando ampliar a participação das prefeituras e prestadoras de serviços. “Que venham mais 100 edições”, comemora Guidoni.