Quem conversa com Fredmar Corrêa, presidente da Comissão Tripartite, não vê o tempo passar. Ele envolve os interlocutores com seu jeito agradável de contar hitórias sobre as andanças pelo Brasil, as realizações em benefícios do meio ambiente e a disposição em mudar o jeito de pensar de muitos prefeitos, que estão acostumados a ” passar o chapéu”, mas sem realizar um só projeto ambiental.
Mesmo os assuntos mais áridos ganham ares de “causo”, vindos de uma pessoa que viajou por todo o Brasil e conheu as reais necessidades de sustentabilidade de várias populações, tendo como principal projeto criar mais visibilidade econômica, justiça social, responsabilidade ambiental e respeito cultural, mesmo nas regiões mais longínquas e às populações mais carentes.
Eletiro sistematicamente por seus colegas de comissão, num cargo que dura apenas três meses, Corrêa está desde agosto de 2005 à frente dos trabalhos para criar uma união nos discurssos municipais, com a finalidade de alcançarem mais vitórias nas petições à esfera Federal.
Com formação em arquitetura e urbanismo, Corrêa é na verdade um planejador ambiental, com sua vasta experiência no setor. Acumula s função de gerente de câmaras ambientais da atividade produtiva produtiva na Cetesb – que compreende os setores da construção civil, minerais não matálicos ( cimento, cal, cerâmica etc), apel e celulose, couro e calçados, têxtil, química e petroquímica, componentes de derivados de petróleo, sucroalcooleiro e sucos cítricos – com a liderança da Comissão Tripartite.
Ainda em seu histórico, há passagens pelo planejamento ambiental do Estado de São Paulo, durante o governo de Franco Montouro, a criação de projetos pra a reserva da biosfera da Mata Atlântica e durante o governo FHC, trabalhou no desenvolvimento da Amazônia.
Sua vasta experiência o torna uma autoridade nacional em questões ambientais, o que permite que circule pelos municípios com suas idéias para a melhor gestão dos recursos naturais, com a finalidade de fazer com que os setores produtivos se tornem sustentáveis e confiáveis. Para que isto aconteça, é necessário que haja infra-estrutura, como energia, transportes, serviços de saneamento e arranjo produtivo e social. ” Estado deve ser parceiro para ajudar na sustentabilidade e deixar que os setores se desenvolvam sozinhos”, afirma.
A Comissão Tripartite, que preside, foi criada para gerir a política nacional de meio ambiente em suas instâncias – complementar as atividades para não haver um desencontro de ações e a elaboração de sistemas para níveis de decisão junto aos poderes legislativos, executivo e também com a inclusão da sociedade civil.
Como líder desta Comissão, tem a função de coordenar os trabalhos e fazer o possível para que cada município tenha o seu sistema de meio ambiente implantado e realizar em 2006 a elaboração dos planos diretores para a esfera dos municípios.
Corrêa afirma categoricamente que é preciso que os municípios saibam como se fortalecer para fazer solicitações ao Governo Federal – ” Um município pequeno e sem planejamento, não conseguirá nada, mas se os menores se juntarem aos maiores de sua região, criando uma grande área, e proporem ações em comum, será mais fácil atender a um território vasto e com tantos civis interessados na melhoria de seus municípios”.