Fred Guidoni ganha protagonismo nacional na XXVI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios

Presidente da APM assume vice-presidência da CNM, conduz a abertura do evento, media debates sobre Educação e reforça articulação política que reuniu presidente da República, 25 ministros, governadores e líderes partidários

A XXVI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios entrou para a história como a maior edição já realizada: mais de 14 mil participantes lotaram o Centro Internacional de Convenções do Brasil entre 19 e 22 de maio, firmando o lema “Autonomia municipal: a força que transforma o Brasil”.

Logo na véspera da Marcha, o presidente da Associação Paulista de Municípios (APM), Fred Guidoni, foi eleito vice-presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM). A ascensão coloca um representante paulista no núcleo de decisões do maior movimento municipalista da América Latina no momento em que se discute a PEC 66/2023, da Sustentabilidade Fiscal, prioritária para os cofres municipais. Em sua primeira agenda no novo cargo, Guidoni integrou a reunião do Conselho Político da CNM e, em seguida, levou a pauta da PEC ao Palácio do Planalto em audiência com a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

Na solenidade de abertura, Guidoni foi escolhido pelo presidente da instituição Paulo Ziulkoski para recepcionar os governadores de Goiás, Minas Gerais, Pernambuco e Rio Grande do Sul, além de acomodar na mesa principal o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin, os presidentes do Senado e da Câmara e 25 ministros de Estado — configuração inédita no palco da Marcha.

O dirigente também acolheu o secretário  de Governo e Relações Institucionais do Estado de São Paulo Gilberto Kassab, e o ex-presidente Jair Bolsonaro, reforçando a natureza plural do encontro e a disposição dos prefeitos em dialogar com todas as correntes políticas.

Na quarta-feira (21), Guidoni conduziu a plenária “Panorama da Educação Municipal”, uma das arenas mais concorridas. Temas cruciais — financiamento da educação especial, expansão da escola em tempo integral e viabilidade do piso salarial do magistério — pautaram o debate, que contou com análises das especialistas Natália Cordeiro e Mariza Abreu, da CNM. Diante da ausência de representantes do Ministério da Educação, Guidoni cobrou diálogo federativo efetivo e encaminhou propostas para levar as demandas diretamente ao Governo Federal.

Ao longo dos quatro dias, o presidente da APM circulou entre plenários temáticos, reuniões com bancadas paulistas e encontros com líderes partidários. Defendeu, em todos os fóruns, as três emendas municipalistas à PEC 66/2023: extensão automática da Reforma da Previdência aos regimes próprios, novo regime de pagamento de precatórios e troca do indexador da dívida previdenciária de Selic para IPCA. A sinalização positiva do relator, deputado Baleia Rossi, foi recebida como vitória parcial do movimento.

Enquanto Guidoni articulava nos plenários, sua esposa, Juliana Cintra, integrou a programação para primeiras damas, promovida pelo  Movimento Mulheres Municipalistas (MMM), liderado por Tania Ziulkoski . Ex-presidente do Fundo Social de Campos do Jordão, ela apresentou resultados de programas de qualificação profissional e acolhimento social que se tornaram referência para pequenas cidades, dividindo painel com gestoras de todo o país no “2º Encontro Municipal de Primeiras-Damas”.

Tania  falou dos avanços registrados desde a criação do MMM e alertou para a necessidade de fortalecer o envolvimento na luta para garantir maior presença feminina nos cargos de chefia dos poderes. Também fez forte apelo contra o feminicídio, inclusive com a instalação de um banco vermelho gigante, símbolo da luta, na praça municipalista da Marcha.

A participação destacada de Fred Guidoni e de Juliana Cintra consolidou a posição da Associação Paulista de Municípios como ponte estratégica entre os 645 municípios paulistas e os demais municípios brasileiros. A Marcha reforçou a urgência de um novo pacto federativo e a que a redução  do Imposto de Renda para os contribuintes que ganham até R$ 5 mil por mês seja acompanhada de compensação a Estados e Municípios.

Para o presidente da APM, Fred Guidoni, o protagonismo paulista assume agora dimensão nacional e se converte em capital político renovado, capaz de mobilizar prefeitas e prefeitos na construção de um municipalismo fiscalmente sustentável — premissa indispensável para que cada cidade continue, a partir da base, moldando o futuro do Brasil.